Tradução de um trecho de Carta de Baudelaire ao pai sobre visita ao palácio de Versalhes.
como detalhe para as obras de
pintura da residência real.
“Je ne sais si j’ai
raison, puisque je ne sais rien en fait de peinture, mais il m’a semblé que les
bons tableaux se comptaient; je dis peut-être une bêtise, mais à la réserve de
quelques tableaux d’Horace Vernet, de deux ou trois tableaux de Scheffer, et de
la Bataille de Taillebourg de Delacroix je n’ai gardé souvenir de rien, excepté
. Tous les tableaux du temps de l’empire qu’on dit fort
beaux, paraissent souvent si réguliers, si froids; leurs personnages sont
souvent échelonnés comme des arbres ou des figurants d’opéra. Il
est sans doute bien ridicule à moi de parler ainsi des peintres de l’empire
qu’on a tant loués; je parle peut-être à tort et à travers; mais je ne rends
compte que de mes impressions: peut-être est-ce là le fruit des lectures de la Presse
qui porte aux nues Delacroix?"(BAUDELAIRE, 1973 apud ABES, G. J. 142, 2010)
"Eu não sei se estou certo, porque eu não sei nada na verdade de pintura, mas pareceu-me que os bons quadros tinham, posso dizer, algo estúpido,
mas na reserva de alguns quadros de Horace Vernet, dois ou três quadros de
Scheffer, e a Batalha de Taillebourg de Delacroix eu não mantive lembrança de
nada, a não ser uma imagem estática de Regnault não sei de qual casamento
do imperador Joseph, mas este quadro é distinto de um todo (sic) de outra forma.
Todos quadros da época do império que eles dizem muito bonito, muitas vezes
parece tão regular, tão frio, seus personagens são muitas vezes cambaleantes
como árvores ou figurantes de ópera. Provavelmente é ridículo para mim falar
sobre os pintores do império como nós contratamos, posso estar errado e por
meio de conversas, mas eu percebo que as minhas impressões: talvez sejam resultado
da leitura da imprensa que exalta de Delacroix?
Tradução crítica.
Camillo César Alvarenga.
BAUDELAIRE, Charles. Correspondance.
I, II: 1832-1860/ 1860-1866. Paris: Gallimard, 1973.
GILLES JEAN ABES, . Charles
Baudelaire E Sua Primeira Crítica De Arte: Tradução De Uma Carta De 1838
Endereçada Ao Coronel Aupick.. Scientia Traductionis, n.7, 2010
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