quarta-feira, 12 de março de 2014

Academia e Ciência.

Mutatis mundanis – Universitas.



Na Grécia antiga existiu a Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles. Durante o império romano a Escola de Alexandria. Na Idade média, os mosteiros católicos tornaram-se centros de concentração da literatura e conhecimento em geral acumulado até aquela etapa histórica, nesse sentido o desenvolvimento do ensino, advinha do exercício da memória e dos ímpetos da pesquisa.

Com o desbloqueio das técnicas e principalmente com a revolução agrícola, a agronomia permitiu uma revolução no campo e assim na sobrevivência dos sujeitos sociais. Dessa forma a massa crítica, essa fatia reservada a vida intelectual, ampara pelo uso de óculos, com a recente descoberta do funcionamento mais sofisticado das lentes aliando ao ócio do mundo do trabalho, a existência de tempo para especulações, deduções, induções e intuições.

De forma que a ciência – razão conhecida, descoberta, encontrada – e a tecnologia – conhecimento aplicado, objetivado – colocam-se ao lado a arte – procedimento – e da técnica – aplicação da arte. A primeira academia foi criada em 1287, a Universidade de Bolonha, onde se aprendia a Lógica, Gramática e Retórica, além de Aritmética, Astronomia e Música. O que nos permite observar uma correlação entre o conhecimento artístico e cientifico, de maneira muito diferente de como se comporta hoje o campo do conhecimento na modernidade, especializante  e redutora.

Do Renascimento ao início da Revolução Científica, ocorrem os nascimentos das academias científicas na Itália. Giordano Bruno, Galileu Galilei desenvolvem a luneta, para observar lua e realizar o estudas marés, superfície, ambos trabalharam na produção de uma visão macrocóspica e sistemática que sofreu forte intolerância religiosa por parte da Igreja Católica. 

No complexo acadêmia e ciência ainda pode-se apontar a alquimia desenvolvida por Paracelsus ou Bacon com a narração do mito da Nova Atlântida. Já no caso da revolução hermenêutica do conhecimento a exegese operada com a tradução da Bíblia do latim para o alemão foi uma das revoluções no plano da linguagem que exemplifica um dos pontos de partida para a era moderna. Continuar pensando em termos de crítica como a partir da dúvida filosófica ainda é um sinal de  que a ciência  enquanto arte de inventar  pode redefinir o que entende por tradição e modernidade num jogo articulado de inovação e resitências entre a academia e a sociedade.

1 Comentários:

Às 13 de março de 2014 às 21:51 , Blogger Olívia disse...

Eran gitanos nuevos. Hombres y mujeres jóvenes que sólo conocían su propia lengua, ejemplares hermosos de piel aceitada y manos inteligentes, cuyos bailes y músicas sembraron en las calles un pánico de alborotada alegría, con sus loros pintados de todos los colores que recitaban romanzas italianas, y la gallina que ponía un centenar de huevos de oro al son de la pandereta, y el mono amaestrado que adivinaba el pensamiento, y la máquina múltiple que servía al mismo tiempo para pregar botones y bajar la fiebre, y el aparato para olvidar los malos recuerdos, y el emplasto para perder el tiempo, y un millar de invenciones más, tan ingeniosas y insólitas, que José Arcadio Buendía hubiera querido inventar la máquina de la memoria para poder acordarse de todas. En un instante transformaron la aldea. Los habitantes de Macondo se encontraron de pronto perdidos en sus propias calles, aturdidos por la feria multitudinaria.

 

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