terça-feira, 9 de junho de 2015

POESIA

Gosto do Benjamin em Historie literaire
Et science de litterature, bem como Roman
Jakobson e seu ensaio de linguística geral.

Gosto de pensar-experimentar: Teoria literária
e literatura portuguesa. Mas prefiro esquecer-me do H. Bloom
and The Anxiety of influence. Curtem-se Bakhtin, Barthes, Racine  
e seus Elementos de semiologia .

Enfim a questão: (Historia literária ou literatura?)

Foi com Focault que Le mots et lês choses  me preocuparam...
Outra vez o francês quis saber Qu ‘est-ce qu’um auteur?
Sartre, em 1947 se perguntou: o que é a literatura?
                                                            o ser e o nada.

Umberto ecoou nos Limites da interpretação, Eliot
Thomas Sterns atravessou as fronteiras do criticismo, em 1956.

E Heidigger virou do avesso o ser e o tempo e a Hanna Arendt.

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domingo, 24 de agosto de 2014

Heine.


Manifeste-se.


Encontrando Forrest.



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Benjamin tradutor de Baudelaire




Walter Benedix Schönflies Benjamin (Berlim, 15 de julho de 1892 — Portbou, 27 de setembro de 1940) 
"No entanto, em que pese a valorização por parte de Benjamin do elemento alegórico em Baudelaire, é possível detectar que, em sua prática como tradutor, ele também contradiz o procedimento que considera mais adequado – um fato aliás que pode ser observado na prática de muitos tradutores que refletem sobre sua própria prática e sobre o fenômeno da tradução em geral. Qualquer tradutor sabe que não é possível se utilizar rigidamente de um único procedimento de tradução ao longo de toda uma obra, ainda que se possam privilegiar, em princípio, determinados procedimentos em detrimento de outros. Mark Behrens*25 nos traz em seu estudo um divertido exemplo de Benjamin como tradutor à maneira das belles infidèles do século XVIII, em rota de colisão com suas próprias reflexões sobre a tarefa do tradutor. No poema “Danse macabre“, em que um esqueleto feminino faz o convite à dança mortal, a primeira estrofe é traduzida por Benjamin de modo bastante distanciado da dicção original, uma verdadeira tradução “livre”:
Fière, autant qu’un vivant, de sa noble stature,
Avec son gros bouquet, son mouchoir et ses gants,
Elle a la nonchalance et la désinvolture
D’une coquette maigre aux airs extravagants
(Charles Baudelaire)
Kein Lebender pocht mehr auf seine Größe”
Als sie die Strauss und Handschuh an sich presst
Und in der Haltung die verwegne Blöße
Der hagern Kurtisane sehen lässt.
(Trad. Walter Benjamin) "

Retirado do texto: walter benjamin, tradutor de baudelaire. de susana kampff lages encontrado no bolgue.  

sábado, 7 de junho de 2014

Langston Hughes - tradução.




The Negro Speaks of Rivers
Langston Hughes


I've known rivers:
I've known rivers ancient as the world and older than the
......flow of human blood in human veins.

My soul has grown deep like the rivers.

I bathed in the Euphrates when dawns were young.
I built my hut near the Congo and it lulled me to sleep.
I looked upon the Nile and raised the pyramids above it.
I heard the singing of the Mississippi when Abe Lincoln
......went down to New Orleans, and I've seen its muddy
......bosom turn all golden in the sunset.

I've known rivers:
Ancient, dusky rivers.

My soul has grown deep like the rivers.



***


O Negro Fala dos Rios.


Soube de Rios:
Soube de tão antigos quanto o mundo e tão velhos quanto o
        fluxo de sangue humano em veias humanas.

Minha alma tornou-se profunda como os rios.

Eu banhei no Eufrathes quando as auroras eram jovens.
Eu construí minha mansarda próxima ao Congo e seu murmúrio me fez dormir.
Eu vi além do Nilo e ergui pirâmides sobre este.
Eu ouvi a cantoria do Missipi quando Abe Lincoln
      desceu a Nova Orleans e eu vi este leito
      lamacento dourar-se no crepúsculo.

Soube de rios:
Anciãos, crepusculares.


Minha alma tornou-se profunda como os rios.


(tradução: Camillo César Alvarenga)


sábado, 24 de maio de 2014

Nicolás Guillén - tradução.

Deitada na madrugada
A firme guitarra espera,
Voz de profunda madeira
Desesperada.

Sua gritante cintura,
na qual o povo suspira,
prenhe de som, alonga 
a carne dura.

Queima sozinha a guitarra?
tal como a lua se acaba;
queima livre de sua escrava
bata de cola.

deixou o bêbado em seu carro,
deixou o cabaré escuro, 
 onde se congela até a morte,
 noite após noite,

e ergueu a cabeça fina
universal e cubana
sem opio, nem maconha,
nem cocaína.

Vem a velha guitarra,
nova outra vez ao castigo
com que a espera o amigo 
que não a deixa.

Alta sempre, não caída,
traga seu risada e seu pranto,
funda as unhas de amianto
sobre a vida.

Congela tu, guitarrista,
limpa de álcool a boca
e nessa guitarra, tocando
tu estás completo.

El son del querer maduro,
tu estás completo;
o futuro aberto,
tu estás completo;
o de pé em cima do muro,
tu estás completo. . .

congela tu, guitarrista,
limpa de álcool a boca
e nessa guitarra, tocando
tu estás completo.


tradução: Camillo César Alvarenga




GUITARRA

Tendida en la madrugada,
la firme guitarra espera:
voz de profunda madera
desesperada.

Su clamorosa cintura,
en la que el pueblo suspira,
preñada de son, estira 
la carne dura.

¿Arde la guitarra sola?
mientras la luna se acaba;
arde libre de su esclava
bata de cola.

Dejó al borracho en su coche,
dejó el cabaret sombrío,
donde se muere de frío,
noche tras noche,

y alzó la cabeza fina,
universal y cubana,
sin opio, ni mariguana,
ni cocaína.

¡Venga la guitarra vieja,
nueva otra vez al castigo
con que la espera el amigo,
que no la deja!

Alta siempre, no caída,
traiga su risa y su llanto,
clave las uñas de amianto
sobre la vida.

Cógela tú, guitarrero,
límpiale de alcohol la boca,
y en esa guitarra, toca
tu son entero.

El son del querer maduro,
tu son entero;
el del abierto futuro,
tu son entero;
el del pie por sobre el muro,
tu son entero. . .

Cógela tú, guitarrero,
límpiale de alcohol la boca,
y en esa guitarra, toca
tu son entero.

Nicolas Guillen