quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Tradução de um trecho de Carta de Baudelaire ao pai sobre visita ao palácio de Versalhes.

como detalhe para as obras de pintura da residência real.


“Je ne sais si j’ai raison, puisque je ne sais rien en fait de peinture, mais il m’a semblé que les bons tableaux se comptaient; je dis peut-être une bêtise, mais à la réserve de quelques tableaux d’Horace Vernet, de deux ou trois tableaux de Scheffer, et de la Bataille de Taillebourg de Delacroix je n’ai gardé souvenir de rien, excepté  . Tous les tableaux du temps de l’empire qu’on dit fort beaux, paraissent souvent si réguliers, si froids; leurs personnages sont souvent échelonnés comme des arbres ou des figurants d’opéra. Il est sans doute bien ridicule à moi de parler ainsi des peintres de l’empire qu’on a tant loués; je parle peut-être à tort et à travers; mais je ne rends compte que de mes impressions: peut-être est-ce là le fruit des lectures de la Presse qui porte aux nues Delacroix?"(BAUDELAIRE, 1973 apud ABES, G. J. 142, 2010) 

"Eu não sei se estou certo, porque eu não sei nada na verdade de pintura, mas pareceu-me que os bons quadros tinham, posso dizer, algo estúpido, mas na reserva  de alguns quadros de Horace Vernet, dois ou três quadros de Scheffer, e a Batalha de Taillebourg de Delacroix eu não mantive lembrança de nada, a não ser uma imagem estática de Regnault não sei de qual casamento do imperador Joseph, mas este quadro é distinto de um todo (sic) de outra forma. Todos quadros da época do império que eles dizem muito bonito, muitas vezes parece tão regular, tão frio, seus personagens são muitas vezes cambaleantes como árvores ou figurantes de ópera. Provavelmente é ridículo para mim falar sobre os pintores do império como nós contratamos, posso estar errado e por meio de conversas, mas eu percebo que as minhas impressões: talvez sejam resultado da leitura da imprensa que exalta de Delacroix? 

Tradução crítica. 
Camillo César Alvarenga.

BAUDELAIRE, Charles. Correspondance. I, II: 1832-1860/ 1860-1866. Paris: Gallimard, 1973.


GILLES JEAN ABES, . Charles Baudelaire E Sua Primeira Crítica De Arte: Tradução De Uma Carta De 1838 Endereçada Ao Coronel Aupick.. Scientia Traductionis, n.7, 2010


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

KAFKA, em Metamorfose.

"Este a principio ficou parado olhando o chão, como se as coisas se juntassem na sua cabeça numa nova ordem." 



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fragmentos de Pequenos Poemas em Prosa - Baudelaire.

"descontente com todos e descontente comigo mesmo, ser-me-ia grato redimir-me e vangloriar-me um pouco no silêncio e na solidão da noite. Almas daqueles que cantei, almas daqueles a quem amei, fortalecei-me, amparai-me afastai de mim a mentira e os dissolventes vapores do mundo; e vós, senhor meu Deus! concedei-me a graça de produzir alguns belos versos que deem a certeza de que não sou o ultimo dos homens, de que não sou inferior àqueles a quem desprezo." p.35-36
à uma manhã.

"acabo de ver a imagem de um velho homem de letras que sobreviveu à geração a quem divertiu brilhantemente; do velho poeta sem amigos, sem família, sem filhos degredado pela própria miséria e pela ingratidão pública, e em cuja barraca o mundo esquecediço já não quer entrar!"
O velho saltimbanco

"Os gatos aprenderam a desconfiar dos homens, por isso vão comer longe de nós o bocado 
que lhe damos"

Convite a viagem



In:BAUDELAIRE, Charles.Pequenos Poemas em Prosa.Tradução Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.Ed.Nova Fronteira.